terça-feira, 20 de maio de 2014

Resenha - Um Drink Antes da Guerra (Kenzie e Gennaro #1)

Um drink antes da guerra Versão brasileira traduzida pela Companhia das Letras e fiel ao titulo original americano.

"Preciso de álcool.”

Devin se levantou e jogou algumas moedas na mesa. “Vamos, crianças.”

Levantei-me. “Para onde?”

“Tem um bar aqui perto. Deixe-me pagar um drinque antes da guerra.”


 
Versão original americana

O começo da melhor dupla de detetives de Boston (ou até dos EUA) Kenzie-Gennaro, que somam no total de seis livros. A narrativa em primeira pessoa do escritor americano Dennis Lehane que está presente em todos eles  prende o leitor, outro elemento importante são as frases marcantes de Patrick Kenzie e sua parceira Angie Gennaro pela qual Kenzie é apaixonado. Em várias referencias musicais conhecemos o estilo de cada, Angie é bastante sentimental, é fã do rock da banda britânica The Smiths e a americana Pear Jam, enquanto que Kenzie adota um estilo mais sarcástico e em várias referencias percebemos seu grande gosto musical pelo rock dos Rolling Stones. Assim como filmes, Angie já assistiu várias vezes Apocalipse Now e adora a grande performance de Marlon Brando no papel do insano Coronel Walter E. Kurtz.


Em "Um Drink Antes da Guerra", a dupla é contratada por políticos do senado de Boston para investigar um suposto desaparecimento de uma mulher com arquivos que contém um segredo que pode mudar de vez a política bostoniana. Kenzie deixa claro seu ódio pela pela política e seus representantes, na primeira conversa sobre o caso, o detetive solta várias indiretas para os políticos e no meio da história algumas frases humorísticas.  

"Eles são políticos, no dia em que falarem toda a verdade, as putas vão dar de graça." Patrick Kenzie - Um Drink Antes da Guerra


A medida que o caso vai se desenrolando, a dupla é  envolvida em uma guerra de gangues rivais. E o leitor logo percebe que a mulher desaparecida com os arquivos e a zona de guerra em pleno funcionamento não são os maiores problema dos dois, são apenas a ponta do iceberg. 

Outra coisa que gostei foi a capa brasileira feita pela editora Companhia das Letras, ficou melhor que a original americana, outra característica é que a capa tupiniquim ficou mais fiel a história, podemos ver o arquivo misterioso na imagem, não vou falar mais para não contar spoiler. Além disso, a editora traduziu direitinho o titulo, o que é raro. Enfim vou ser breve... o livro é excelente, recomendo e muito a leitura.

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