quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Resenha "Bellini e a Esfinge", de Tony Bellotto

"Qualquer um que começasse a procurar evidências de insanidade mental em
si mesmo iria com certeza encontrar muitas, porque todos, a não ser os
imbecis, tinham mentes confusas."

 


"Quem é Ana Cíntia Lopes? Por que Camila e Dinéia sumiram? O que deseja Fátima? Por que Fabian segue Pompílio? Quem matou o doutor Rafidjian? Qual o segredo de Beatriz? As perguntas acumulam-se na cabeça do detetive Remo Bellini enquanto ele percorre o submundo da cidade de São Paulo em busca de respostas. Aos poucos, os mistérios vão se desvendando de forma surpreendente, até que a decifração do enigma final deixa Bellini perplexo, com um gosto horrível na boca."

Sou fã do gênero noir e todos os mistérios que envolve os casos. Tive o prazer de ler Arthur Conan Doyle,  Dashiell Hammett, Raymond Chandler, e claro meu escritor favorito Dennis Lehane. Estava na hora de conhecer e literatura brasileira desse gênero, e comecei por Bellini e a Esfinge, de Tony Belloto (autor e também musico dos Titãs). Quando vi o livro fiquei surpreso ao  saber que Tony tinha escrito, desde então passei a acompanhar seus textos blog no site da Companhia das Letras, o cara é foda. Lembrando que "Bellini e a Esfinge" é o primeiro de uma sequencia de livros que conta a história de Bellini, o detetive mais implacável da cidade de São Paulo. "Bellini e os Espíritos", "Bellini e o Demônio" e o mais novo lançamento "Bellini e o Labirinto".

A história de "Bellini e a Esfinge" é narrada em primeira pessoa, do mesmo jeito da serie do casal de detetives Kenzie&Gennaro de Dennis Lehane. Bellini trabalha com uma assistente, porém não chega nem perto da quimica de Kenzie e Genaro, além disso o detetive brasileiro não tem sua própria agencia, ele trabalha para Dora Lobo. Nesse caso Bellini irá investigar o desaparecimento de uma prostituta chamada Ana Cíntia Lopes.

A narrativa com os detalhes de suas investigações é boa, e a leitura flui fácil. Bellotto usa uma linguagem bem suja, isso bom na hora de descreve os trechos em relação ao sexo e a noite da cidade de São Paulo. Bellini é rodeado de mulheres, por falar em linguajar sujo.. o cara é um típico comedor,  ele se envolve mesmo é com Fátima, uma prostituta misteriosa que Bellini conhece. Paralelo a isso (ou não) ele tenta envolver seu caso junto com sua assistente, no submundo das drogas e prostituição de São Paulo.

 
Em 2001 o livro foi adaptado para o cinema, e olha só..... Malu Mader (mulher de Tony Bellotto na vida real) fez o papel da prostituta Fátima, segundo ela o desejo de fazer a personagem era grande. Não cheguei a ver o filme, pelas criticas é um filme regular, recebeu o Prêmio do Público de Melhor Filme de longa-metragem de ficção...not bad.

Enfim recomendo a leitura, livro é pequeno...leitura flui de maneira rápida. Acabo por aqui a resenha, acho que esqueci de alguns detalhes pois não tenho livro em minhas mãos.

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